Oficinas de Dança Clássica Indiana (Bharata Natyam)

Oficinas de Dança Clássica Indiana (Bharata Natyam)

 

Oficinas de especialização em Bharata Natyam – Dança Clássica do Sul da Índia
no Centro de Dança de Oeiras, Palácio Ribamar em Algés
• As oficinas, cuja duração é um ano lectivo, têm por objectivo alargar os conhecimentos dos bailarinos tanto no que respeita à sua cultura geral como à técnica de dança.
• Tanto o bailarino de formação contemporânea, como o de clássica, deverá abordar a técnica do Bharata Natyam num espírito de abertura e de enriquecimento.
• Na Índia, a palavra “bailarino” engloba igualmente a ideia de “actor”. Assim, o bailarino dito “ocidental”, através do estudo do Bharata Natyam, realiza um trabalho, em simultâneo, de actor e de intérprete de dança.
Conteúdo das oficinas
– Trabalho das diferentes batidas (ou golpes) dos pés (em meia ponta e com a planta do pé), em torno de diferentes ciclos rítmicos (3, 4, 5 e 7 tempos).
– Aprendizagem da linguagem das várias onomatopeias utilizadas nas coreografias, como suporte para a memória gestual e rítmica.
– Trabalho de flexibilidade e fortalecimento dos pés, tornozelos, ancas e costas.
– Trabalho de colocação do corpo.
– Trabalho de deslocação e de controlo do centro de gravidade.
– Aprendizagem das 28 posturas de mãos características dos oito estilos de dança clássica indiana, denominadas “mudras”. Juntamente com todos os exercícios de desenvolvimento da flexibilidade das mãos, dos dedos e dos pulsos, com vista a possibilitar ao bailarino o domínio minucioso da colocação das mãos no espaço.
– Trabalho de isolamento, dissociação, dissimetria e coordenação corporal.
– Trabalho de “ports de bras” baseado em linhas geométricas perfeitas (círculo, meio círculo, vertical, horizontal e diagonal a 45 graus), acompanhado de posturas de mãos, deslocações e saltos, utilizando diferentes orientações espaciais.
– Aprendizagem de 6 a 12 “adavu” (passos), segundo a duração do ciclo de aprendizagem e a progressão dos bailarinos.
– Trabalho centrado especificamente nos olhos, de modo a que o bailarino tome consciência da colocação e da expressão do seu olhar.
– Trabalho de equilíbrio e estudo de posturas, tal como a célebre “postura de Shiva Nataraja – Rei dos Bailarinos”, em conformidade com as regras de arquitectura da iconografia dos templos hindus.
– Trabalho de isolamento e dissociação rítmica do busto e dos pés.
– Trabalho de interpretação gestual de um poema escolhido.
– Ensino de uma coreografia datada do século XVII denominada “Alaripu”, com uma duração de 4 minutos, sobre uma conhecida música utilizada por Maurice Béjart na peça “Shakti”.

 

TARIKAVALLI

 

«O grau de refinamento da dança de Tarikavalli testemunha a excelência da sua abordagem à arte do Bharata-Natyam»

Indian Express
veja um excerto do Festival dos Descobrimentos no YOUTUBE em :


Tarikavalli nasceu em 1965 em Crèteil (Paris), filha de pais portugueses instalados em França.
Iniciou os seus estudos de dança pela aprendizagem do bailado clássico e começou a interessar-se pela dança contemporânea e pelo athata-yoga, já em idade adulta.
Inscreveu-se nos cursos da Sorbonne (Paris) onde conheceu a professora de dança indiana Amala Devi, discípula de Ram Gopal. Apaixonada pelo seu ensino deixou a Sorbonne para se dedicar unicamente ao estudo do estilo Bharata Natyam (dança clássica do Sul da Índia).
Após dois anos de trabalho intensivo, Amala Devi confiou-a à célebre dupla de bailarinos-coreógrafos Krishna Rao e Chandrabhaga Devi, instalados em Bangalor.
Multiplicando as suas idas à Índia, durante mais de uma década, tarikavalli construiu um vasto repertório tendo dado, até hoje, mais de três centenas de recitais em França e pelo mundo fora.
Criou e interpretou os espectáculos «Aum Nmah Sivâya», «Hari-Harânjali» e «Pâdâsraya», entre outros.
Para estrear no Teatro Pablo Picasso, em Bobigny (Paris) em 2008, está a preparar a coreografia “Trimurti” (Os Três Rostos)
Em 2001 fundou a Escola Amrita, em Bobigny, onde lecciona e organiza cursos com regularidade.
É frequentemente convidada por teatros, centros culturais, festivais e escolas, para dançar e leccionar. Nos últimos anos tem participado, regularmente, em diversos estágios internacionais de dança.
Em 2008 criou no Centro de Dança de Oeiras, e estreou em Paris, o espectáculo “Trimurti” com o qual fez uma digressão por Portugal (Oeiras, Odivelas, Loulé, Lagos e Lisboa) que incluiu o Centro Cultural de Belém.
Actualmente prossegue o seu trabalho com o mestre Dayalasingam, em Paris, que também a acompanha nos recitais com outros músicos indianos.

Published by Antonio Laginha

Autoria e redação

António Laginha, editor e autor da maioria dos textos da RD, escreve como aprendeu antes do pretenso Acordo Ortográfico de 1990, o qual não foi ratificado por todos os países de língua portuguesa.

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