O bailarino, coreógrafo, director de companhia e escritor holandês Rudi van Dantzig (1933-2012) faleceu em Amsterdão, na sua casa, em 19 de Janeiro de 2012, com 78 anos.
Em 1965 tornou-se co-director artístico e em 1991 o director do Ballet Nacional da Holanda e nessa companhia criou mais de 50 peças, algumas das quais entraram para o reportório de várias companhias.
Nos anos 80 a Companhia Nacional de Bailado (Lisboa) adquiriu a sua obra "Monumento Para um Rapaz Morto".
Começou a estudar dança em jovem, tendo feito a sua estreia na companhia de Sónia Gaskell, com quem haveria de, posteriormente, partilhar a direcção do Het National Ballet.
A pedido do lendário bailarino Rudolfo Nureyev criou três bailados para ele.
Em 1986 escreveu uma novela autobiográfica intitulada "Para um Soldado Perdido", sobre um caso amoroso entre um rapaz e um soldado canadiano, que obteve muito sucesso e vários prémios tendo, mesmo, sido passada a filme.
Em 2003 escreveu a biografia do artista resistente holandês, Willem Arrondeus.
Sobre o seu trabalho, Van Dantzig afirmou um dia:
A vida poderia ser bela… mas não é. Não, eu não sou um pessimista. Se se olhar mais cuidadosamente ver-se-á que há sempre alguma esperança nas minhas danças, uma espécie de luz.
"Inspirador, apaixonado, intenso e verdadeiro, são palavras que nos vêem à memória quando pensamos em Rudi", afirmou Ted Bransen, o actual director do Het National Ballet. Ele devotou toda a vida à dança e, seguramente, sem ele a dança holandesa, hoje, seria completamente diferente.