“Tatyana”: um “Oneguin” em versão sul-americana
A conhecida Companhia de Dança de Deborah Colker – uma das mais importantes e expressivas do Brasil – regressa a Portugal nos meses de Abril de Maio.
Os espectáculos realizam-se em Lisboa (Teatro de São Luiz, de 19 a 21 de Abril) , Vila Real (Teatro Municipal no dia 24 de Abril), Figueira da Foz (CAE de Figueira da Foz em 27 e 28 de Abril) e Porto (no Teatro Nacional São João, nos dias 3, 4 e 5 de Maio) com o patrocínio da FUNARTE, integrados no Ano do Brasil em Portugal.
O grupo já se apresentou diversas vezes no nosso país, designadamente na abertura da Expo’98, com enorme sucesso de público e da crítica.
A imprensa assinalou, então, que os bailarinos do espectáculo “Rota” deixaram “a plateia (do Anfiteatro da Doca) embevecida e como que envolta numa espécie “sonho de uma noite de Verão”. Acrescentando que “desde o início, os viajantes aéreos apresentam um toque de magia vincado por uma componente lúdica que transporta consigo algo de infantil, num contexto em que dificilmente se poderá desarticular uma premissa de deliberada sensualidade”.
Curiosamente, a companhia nasceu, em 1993, na Casa do Minho, no Rio de Janeiro, onde Deborah dava aulas, estreando-se, no ano seguinte, no Teatro Municipal, ao lado do grupo norte-americano, Momix.
Devido ao notável sucesso, logo em 95, começou a receber o patrocínio exclusivo da Petrobrás, o que lhe permitiu a sua afirmação não só no Brasil como em muitos outros países. Tais como o Reino Unido, França, Alemanha, Áustria, Chile, Colômbia, Portugal, Argentina, Canadá, Estados Unidos, Holanda, Nova Zelândia, Irlanda, Japão e Uruguai, para além de Singapura e Macau.
A coreógrafa já recebeu várias distinções nacionais e internacionais, como o prestigiado prémio inglês Sir Lawrence Olivier, em 2001, pela peça “Mix” (96).Em 2009 Deborah Colker criou e dirigiu um espectáculo do Cirque Du Soleil – o grupo canadiano que visita Lisboa a partir de 11 de Abril – intitulado “Ovo”.
Desta vez, apresenta-se em Portugal o seu último trabalho “Tatyana”, que, no verão do ano passado, abriu o Festival de Edimburgo.
Segundo palavras da criadora o bailado foi buscar inspiração nas personagens de num clássico da literatura russa publicado em 1832, a novela em verso “Eugénio Oneguin”, de Alexandre Pushkin.
AL
