Faleceu no dia 16 de Novembro, aos 60 anos, na sua casa na Normandia (França) o bailarino, professor e director de companhia, Jean-Yves Lormeau, vítima de cancro.
Nascido no Vietname em 1954, o artista francês formou-se no Conservatório de Paris, entrou para a Ópera em 1971 e dez anos depois foi nomeado bailarino-estrela. Esguio e com elegante silhueta romântica foi príncipe em muitas obras do século XIX. Bastante acarinhado por Rudolfo Nureyev, então director da primeira companhia parisiense, aquele ensaiou-o no papel de Albrecht, no bailado “Giselle”. Participou em criações como Sylvia ( de L. Darsonval), Sonho de uma Noite de Verão (J. Neumeier) e Sonate à Trois (M. Béjart), entre outras. À frente do Ballet da Ópera, Lormeau viajou por todo o mundo. Quando se reformou tornou-se professor e trocou Paris pelo Rio de Janeiro tendo aceite dirigir o Balé do Teatro Municipal entre 1995 e 1998. Aí foi responsável por algumas montagens de sucesso da companhia, designadamente, uma versão integral de “A Bela Adormecida”, que o fez voltar aos palcos, ao lado da bailarina Márcia Haydée, em 1998. Outra artista brasileira de renome, Ana Botafogo, foi também sua parceira em palco.
Em 1998, Lormeau deixou o comando do Balé do Municipal e voltou para a França, voltando a trabalhar na Ópera de Paris e no Conservatório de Paris. Quando soube da sua doença afastou-se do mundo da dança e isolou-se na Normandia, até ao dia em que faleceu.