FESTIVAL de DANÇA de CANNES: AS NOVAS MITOLOGIAS DE FLAMMAND

 

Com a saída de Yorgos Loukos, director da Ópera de Lyon e do Festival de Atenas, verificou-se que o figurino do Festival de Dança de Cannes, não mudou muito.
O belga Frederic Flammand, director e coreógrafo residente do Ballet de Marselha, tomou em mãos a edição de 2011 e seguiu uma linha sem grandes desvios, sob o lema "As Novas Mitologias" I.
Poder-se-á afirmar que o afluxo de púbico foi menor e, em certos espectáculos, o entusiasmo também, mas isso não ofuscou o brilho que sempre emana do Palácio dos Festivais e o próprio "glamour" dos transeuntes da Croisette.
De um modo geral, a mostra primou pelo ecletismo e por uma certa aproximação à "tecnologias" mas na verdade não só os espectáculos menos badalados resultaram nos mais interessantes como os mais "humanizados" acabaram por cativar o público e levar os mais sentidos aplausos. Esteve neste caso a obra "… Du Printemps", de Thierry Thieu Niang, mais uma versão da mítica "Sagração da Primavera", mas interpretada por um expressivo grupo de idosos. Partindo de uma ideia simples, mas muito efectiva, o coreógrafo vietnamita coloca pessoas a correr e a caminhar num circulo imparável que traz um a humanidade ímpar a uma partitura poderosa e que traz consigo todo o peso de um passado e uma história que quase todos conhecem…
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Published by Antonio Laginha

Autoria e redação

António Laginha, editor e autor da maioria dos textos da RD, escreve como aprendeu antes do pretenso Acordo Ortográfico de 1990, o qual não foi ratificado por todos os países de língua portuguesa.

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