Começou por ser amplamente anunciado pela autarquia vimaranense os nomes de personalidades e instituições que, no âmbito da Fundação Cidade de Guimarães (FCG), terão a responsabilidade da programação da Capital Europeia da Cultura, que se desenrolará na "cidade berço" em 2012 (CEC 2012).
No rol de “convocados” aparecia o nome de Rui Horta que tem estado à frente do Espaço do Tempo, sedeado em Montemor-o-Novo, e é artista associado para a presente temporada – juntamente com Maria João Pires – do Centro Cultural de Belém. Onde, aliás, se estreou em Março a peça “As Lágrimas de Saladino” (ver crítica na secção Dentro).
Naturalmente que o seu nome surgia como programador para as “artes performativas”, ao lado de Rui Massena – o nortenho maestro da Orquestra da Madeira – para a Música, a escultora Gabriela Vaz-Pinheiro, para as Artes Plásticas e Arquitectura e o jornalista e crítico de cinema João Lopes, para a Sétima Arte e o Audiovisual.
Passadas umas semanas, e sem que Rui Horta tivesse desmentido as notícias veiculadas por Cristina Azevedo, presidente da FCG, e que davam por certa a sua participação, o seu nome desapareceu da lista, sendo substituído pelo encenador Marcos Barbosa.
Note-se que a CEC 2012 tem uma dotação de um milhão de euros que, segundo a FCG, será distribuída por estruturas locais.
Contactado o Espaço do Tempo, fontes próximas de Rui Horta questionadas sobre este inesperado volte-face e sobre o facto de ele nunca ter assumido nem desmentido as muitas notícias que vieram a público, limitaram-se a responder que “nem sequer vale a pena comentar”.